O mercado imobiliário português segue em forte ascensão. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), os preços das casas aumentaram 17,2% no segundo trimestre de 2025 em relação ao mesmo período de 2024. Trata-se do crescimento homólogo mais expressivo já registado na série histórica do índice de preços da habitação (IPHab), superando inclusive as previsões de economistas que apontavam para uma alta na ordem de 14%.
Esse resultado mostra não apenas a resiliência do setor, mas também a consolidação de Portugal como um dos destinos imobiliários mais dinâmicos e competitivos da Europa.

Imóveis usados (revenda) puxam valorização
De arcordo com o relatório, entre abril e junho de 2025, as habitações usadas foram as principais responsáveis pelo aumento, registrando uma valorização de 18,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já as casas novas também subiram, mas em menor ritmo, com 4,5% de alta.
No total, foram transacionados 42.889 imóveis residenciais, um aumento de 15,5% frente a 2024. Desse volume, mais de 80% corresponderam a casas usadas, confirmando a força desse segmento no mercado português.
Valor das transações atinge novo recorde
O montante financeiro movimentado no setor habitacional entre abril e junho atingiu 10,3 bilhões de euros — um crescimento de 30,4% face ao mesmo trimestre do ano anterior.
As casas usadas foram responsáveis por 7,6 bilhões de euros desse total, uma alta de 33,6%. Já as novas habitações somaram 2,6 bilhões de euros, crescendo 22%. Esses números revelam um dinamismo impressionante, impulsionado principalmente pela procura interna.
Por que imóveis usados valorizaram mais?
No segundo trimestre de 2025, os imóveis usados foram os grandes protagonistas do mercado português, com uma valorização de 18,3% — muito acima dos 4,5% registados nas habitações novas. A explicação está na combinação de fatores: a maior parte da oferta disponível está em imóveis já existentes, localizados em zonas consolidadas e altamente desejadas como Lisboa, Cascais e Porto, onde praticamente não há espaço para novas construções.
Numa primeira leitura dos indicadores, pode até parecer que o mercado de usados apresenta um potencial maior de valorização do que o de novos. Mas não é exatamente assim que deve ser interpretado. O mercado imobiliário português tem uma dinâmica particular: novas construções são relativamente escassas, devido à burocracia à lentidão nas licenças. Além disso, os imóveis usados já dominam as regiões mais valorizadas, como os centros de Lisboa e do Porto, ou bairros nobres e desejados de Cascais, onde praticamente não existe espaço para novos empreendimentos. Nessas zonas, a única forma de entrar no mercado é através da revenda, o que naturalmente concentra a maior parte da procura e das transações.
Como resultado, o grosso das transações naturalmente recai sobre imóveis de revenda, que representam a maioria absoluta do mercado.
Outro ponto importante: a forma como o INE calcula os preços médios. Um imóvel novo é contabilizado como “novo” apenas na sua primeira transação, logo após ser concluído. Porém, se esse mesmo imóvel for vendido novamente no ano seguinte, já entra nas estatísticas como “usado”.
Famílias portuguesas lideram as compras
O setor das famílias foi o motor das transações, representando 87,9% do total com 37.699 habitações adquiridas. Esse movimento representou um investimento de 8,9 bilhões de euros, um aumento homólogo de 32,8%.
Em contrapartida, as aquisições por estrangeiros registraram queda de 14,5%, totalizando 2.107 unidades. Foi o quarto trimestre consecutivo de redução no peso relativo das compras internacionais, tanto de cidadãos da União Europeia quanto de fora do bloco.
Perspectivas para 2025
Para os economistas, a tendência é clara: o mercado imobiliário português seguirá em expansão. A estabilidade das taxas de juro na Zona Euro, a baixa taxa de desemprego, o crescimento real dos salários e medidas de incentivo à habitação para jovens reforçam a procura.
Por outro lado, embora a construção de novos empreendimentos esteja acelerando, a oferta ainda está distante dos níveis observados nos anos 2000. Isso significa que a pressão sobre os preços deve continuar.
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O atual cenário reforça que investir em imóveis em Portugal continua sendo uma estratégia sólida e segura. Regiões como Cascais, Oeiras e Lisboa vivem uma valorização contínua, acompanhada de melhorias em infraestrutura, qualidade de vida e prestígio internacional.
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