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As ruas coloridas de Lisboa refletem uma nova forma de viver o espaço público na cidade, criando ambientes mais animados, trendy e cool, ideais para confraternizar. Nos últimos anos, principalmente por iniciativa municipal, a introdução de cores no pavimento ajudou a transformar várias ruas em áreas mais voltadas aos pedestres, com menos carros e mais espaço para circular, sentar e encontrar amigos. Em alguns casos, essas mudanças foram complementadas por intervenções artísticas ou pela ação direta dos moradores.

Conheça neste artigo as principais ruas coloridas de Lisboa!

Rua Nova do Carvalho, a famosa “Pink Street” no Cais do Sodré

A Rua Nova do Carvalho, mais conhecida como Pink Street ou Rua Cor-de-Rosa, é talvez a mais simbólica de todas as ruas coloridas de Lisboa. Localizada no Cais do Sodré, a rua ganhou o pavimento rosa em 2011 como parte de um projeto de requalificação urbana que ajudou a redefinir toda a área. O que antes era uma zona degradada tornou-se um dos epicentros da vida noturna de Lisboa, com bares, música, mesas ao ar livre e um ambiente vibrante que atrai tanto lisboetas quanto visitantes. Hoje, a Pink Street é uma paragem obrigatória para quem quer sentir o lado mais urbano e animado da cidade.

Saiba mais sobre a Pink Street em Lisboa

Conheça a Pink Street, a badalada Rua Cor-de-Rosa de Lisboa

Rua dos Bacalhoeiros

Situada na zona da Sé e do Campo das Cebolas, a Rua dos Bacalhoeiros carrega séculos de história, mas ganhou uma nova fase a partir da requalificação da área envolvente. Com o trânsito automóvel restringido e o chão pintado em tons de azul, a rua tornou-se mais aberta às pessoas, às esplanadas e ao convívio. A proximidade com o rio e a revitalização do Campo das Cebolas ajudaram a transformar este arruamento num dos mais vivos da zona histórica, combinando tradição, comércio local e uma atmosfera descontraída.

Rua Nova da Trindade

A Rua Nova da Trindade fica no Alto Chiado e também teve seu pavimento pintado de azul, reforçando o seu caráter voltado para pedestres. Além de concentrar vários bares e restaurantes, é uma rua carregada de história. Ela funciona como uma extensão da tradicional Rua da Trindade, começando nas imediações do Largo do Carmo, e tem origens ligadas ao antigo Convento da Santíssima Trindade, fundado por D. Afonso II em 1218. Parte dessa herança ainda pode ser vista hoje na Cervejaria Trindade, instalada no antigo convento, onde permanecem a estrutura abobadada e os pilares do antigo refeitório, o que torna a visita quase obrigatória para quem passa pela rua. Logo ao lado está o famoso Bairro do Avillez, projeto do chef José Avillez, que reúne diferentes ambientes num mesmo espaço, como taberna, restaurante, pizzaria e bar, oferecendo experiências gastronômicas variadas sem precisar mudar de endereço.

Rua Nova da Trindade, a Rua azul de Lisboa

Rua da Silva, a rua verde

Entre São Bento e o Conde Barão, a Rua da Silva ficou conhecida como a rua mais verde de Lisboa, não por ter o chão pintado, mas pela quantidade impressionante de plantas que tomaram conta das fachadas e varandas. A iniciativa começou com um morador e acabou por contagiar toda a rua, criando um ambiente único e inesperado. Apesar de ser estreita, a Rua da Silva concentra restaurantes, pequenos negócios, ateliês e espaços de bem-estar, sendo um ótimo exemplo de como a ação comunitária pode transformar o espaço urbano.

Rua Cláudio Nunes

Na zona de Benfica, a Rua Cláudio Nunes ganhou uma nova vida ao ser parcialmente fechada ao trânsito e pintada de verde. A intervenção criou mais espaço para as pessoas, valorizou o comércio de bairro e trouxe uma nova dinâmica à rua, que passou a receber eventos e iniciativas locais. Entre restaurantes tradicionais e espaços menos óbvios, como estúdios criativos e academias, a rua tornou-se um exemplo de requalificação urbana fora do circuito turístico habitual.

Rua Afonso Sanches, a famosa Rua Amarela de Cascais

Desde 2020, um quarteirão do centro histórico de Cascais passou por uma transformação que mudou completamente a forma de viver aquela área. As ruas Nova da Alfarrobeira, Alexandre Herculano e Afonso Sanches formam hoje o chamado quarteirão da Rua Amarela, onde o pavimento pintado e a restrição ao trânsito criaram um polo gastronômico voltado para o convívio. Com bares e restaurantes espalhados pelas esplanadas, o espaço convida a circular a pé, sentar, beber um copo e aproveitar o ambiente animado, seja no verão ou no inverno. Tudo acontece num mesmo quarteirão, o que torna a Rua Amarela um ponto de encontro prático e muito popular tanto para moradores quanto para visitantes de Cascais.

Rua Amarela em Cascais

As ruas coloridas de Lisboa mostram que a cidade vai muito além dos seus monumentos e miradouros. Elas revelam uma Lisboa em constante adaptação, onde o espaço público é repensado para as pessoas, criando novas centralidades, novos hábitos e novas formas de viver a cidade no dia a dia.