Portugal liderou a subida dos preços da habitação na União Europeia no segundo trimestre de 2025. Segundo o Eurostat, os valores das casas no país aumentaram 17,2% face ao mesmo período de 2024, mais de três vezes a média da UE, que foi de 5,4% (na Zona Euro, 5,1%). Também na comparação em cadeia, entre o primeiro e o segundo trimestres de 2025, Portugal voltou a destacar-se com uma variação de 4,7%, superando a média europeia de 1,6% e a da Zona Euro de 1,7%. Estes números confirmam o que já havia sido indicado pelo INE em setembro e consolidam Portugal como o mercado mais dinâmico do bloco no curto prazo.
Na comparação anual , o grupo dos que mais cresceram se repete pelo terceiro trimestre seguido: Portugal segue na dianteira, com Bulgária e Hungria logo atrás, em 15,5% e 15,1%. No caso búlgaro, parte dessa aceleração é atribuída à expectativa de adoção do euro em 1º de janeiro de 2026, o que adiantou compras e atraiu capital, e já acendeu os holofotes sobre a chamada Riviera Búlgara.
Num horizonte longo, o descolamento português é ainda mais evidente. Entre 2010 e o segundo trimestre de 2025, os preços da habitação na UE subiram 60,5%. Em Portugal, o aumento foi de 141%, ou seja, mais do que duplicaram em quinze anos. Na mesma janela temporal, as rendas avançaram 28,8% na UE e cerca de 50% em Portugal. O Eurostat lembra que, no agregado europeu, os preços das casas tiveram uma trajetória marcada por forte valorização entre 2015 e o terceiro trimestre de 2022, seguida de uma breve correção e estabilização, retomando a subida a partir de 2024.
Porque é que Portugal sobe tanto?
Os dados não explicam causas, mas o conjunto de sinais do mercado aponta para um alinhamento de fatores: procura interna e internacional robusta, escassez de oferta em localizações preferenciais, impacto de novos projetos e infraestruturas em zonas emergentes e um ciclo de investimento imobiliário que voltou a ganhar tração a partir de 2024. Ao mesmo tempo, a resiliência do arrendamento dá suporte aos investidores que compram para renda, ainda que as yields variem bastante por cidade e tipologia.
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Onde comprar em Portugal? Conheças zonas emergentes com preços acessíveis e alto potencial
A Grande Lisboa e a Linha Lisboa–Cascais, especialmente a chamada Riviera Portuguesa, é onde encontram-se hoje as melhores comunidades para viver ou investir. Estar a 20–30 minutos do aeroporto internacional, somar clima ameno o ano inteiro (sem invernos rigorosos e chuvosos como no norte do país, nem verões sufocantes como no sul), ter uma comunidade expatriada presente que facilita a adaptação e contar com rede de escolas internacionais de primeiro nível tornam a região imbatível para morar e investir. Some a isso hospitais privados de referência na Europa, gastronomia forte, vida a pé (walkability) e ciclovias conectando praias e centros urbanos: o resultado é qualidade de vida real, com mobilidade e serviços no dia a dia.
Para quem procura preço ainda ajustado e perspectiva de ganho, as zonas emergentes ao longo da Linha Lisboa–Cascais despontam como a escolha inteligente. Em Cascais e arredores, áreas como Alcabideche, Abuxarda, Bairro da Torre, Bairro do Rosário e Caparide preservam um ambiente residencial, ganharam acessos rápidos pela A5/A16 e melhoraram muito em caminhabilidade. Estão a poucos minutos das praias e do centrinho, mas ainda não incorporaram totalmente os valores premium das vizinhas — algo que tende a acontecer com o avanço da procura. É aí que se cruza o melhor dos dois mundos: viver perto do mar, com infraestrutura pronta, e investir onde há margem clara para valorização.
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Quem pode me orientar?
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