A cidade de Lisboa aparece entre os TOP 5 melhores mercados de luxo para investir em 2023, segundo relatório recente divulgado pela consultoria Knight Frank. De acordo com os estudos, o mercado imobiliário de Lisboa terá 4% de valorização esperada no segmento luxo, mesmo com o recente aumento das taxas de juros.
Lisboa perde apenas para Dubai e Miami, que apresentam valorização esperada de 13,5% e 5%, respectivamente. Dubai, no entanto, é a cidade que mais desacelerará entre os destinos pesquisados, já que teve valorização de 50% em 2022, contra 13,5% esperado para 2023.
O cenário global de alta de inflação e juros não parede afetar o segmento de luxo nestes destinos. Pelo contrário, em tempos conturbados, a compra de um imóvel torna-se um das melhores estratégias para proteger o patrimônio. As incertezas políticas e econômicas, tanto de países da América do Sul como de países diretamente afetados pela Guerra (Rússia e Ucrânia) também estimulam que os ricos destes países escolham imóveis em destinos seguros para direcionar seus investimentos.
A cidade de Lisboa e Portugal como um todo, dentro deste contexto, oferece inúmeros incentivos e vantagens para o capital estrangeiro. Um deles é o chamado Golden Visa, um visto que concede autorização para residência a um cidadão de fora da União Europeia que investir no setor imobiliário. A modalidade mais comum é a compra de um imóvel no valor mínimo de EUR 500 mil (quinhentos mil euros).
Ainda assim, mesmo com valorização esperada, os mercados de luxo esfriarão em comparação ao passado recente. Até investidores high-end, percebidos como imunes à inflação ou crises, parecem estar reavaliando seus investimentos.
Nas 25 cidades analisadas no relatório Knight Frank, espera-se que os preços subam em média 2% em 2023, um percentual consideravelmente menor que os 2,7% projetados pela consultoria há seis meses.
A transição de um mercado “seller” para “buyer” está, gradualmente acontecendo. O aumento do inventário foi considerável na comparação ano a ano. Compradores sentem diretamente o impacto do aumentos dos juros na parcela do financiamento. De outro lado, vendedores relutam em baixar os preços, frustados por terem perdido o “frenesi” de um ano atrás.
Compras “Cash” terão preferência
Em um cenário de incertezas e crises, compradores com ofertas “cash” (dinheiro), ou seja, sem a necessidade de um banco para financiar a compra, terão maior poder de barganha.
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